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Arquitetura da Resiliência para edifícios de assistência à saúde nos Jogos Olímpicos Rio 2016

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Muitos eventos naturais e impactos ambientais podem ocorrer quando há importantes concentrações demográficas como acontecerão no Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos Rio 2016. Para este período estão sendo aguardadas mais de 1 milhão de atletas, delegações e turistas de 206 países segundo estimativa da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República do Brasil. O público total estimado para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é de 2,34 milhões de pessoas.

Além dos cuidados de circulação, mobilidade, segurança e prevenção de riscos há que se prever soluções a partir dos sistemas de assistência à saúde. Por consequência, é necessário ter edificações hospitalares preparadas para realizar os procedimentos necessários aos serviços de saúde em quaisquer condições de adversidades.

Ao Rio de Janeiro, neste momento, lhe cabe a responsabilidade dos estádios, equipamentos esportivos, sistema de transporte e toda a mobilidade necessária à realização das atividades esportivas, objeto do evento Olímpico. Além disto, serão necessários hotéis e outras modalidades de acomodações que já foram assumidas em parte pela iniciativa privada.

A assistência à saúde é responsabilidade pública e demanda entre os muitos requisitos a serem considerados equipamentos, profissionais habilitados e qualificados, insumos e medicamentos. Para tal, será necessário que tenhamos estabelecimentos assistenciais de saúde, hospitais, edificações para suportar eventuais impactos, acidentes, intercorrências que concentrações humanas recomendam como obrigatoriedade de precaução, além do que o óbvio bom senso evidencia.

A experiência da National Health Service (NHS), o serviço de saúde da Inglaterra, é historicamente uma referência importante a ser considerada. Mais recentemente a NHS utilizou o conceito contemporâneo da Arquitetura Resiliente para estruturar suas expectativas de planejamento sobre os cuidados assistenciais.

Esta percepção sobre a arquitetura baseia-se na capacidade que um organismo tem de se adaptar e responder às interrupções em situações críticas internas ou externas para fornecer, organizativamente, respostas resolutivas e compatíveis com as atividades previstas para aquele local.

O conceito de resiliência é frequentemente vinculado às avaliações biológicas e foi introduzido nos sistemas ambientais pelo ecologista canadense C. S. Holling que publicou em 1973 o artigo “Resilience and stability of ecological systems” (Annual Review of Ecology and Systematics, Vol. 4, 1973). Neste trabalho o autor descreve a persistência dos sistemas naturais em face de mudanças nas variáveis ​​do ecossistema devido a causas naturais ou antrópicas. Pode ser visto de duas formas ou sob dois conceitos: como o tempo necessário para um sistema voltar a um equilíbrio ou estado estacionário após uma determinada perturbação; ou também, como a capacidade de um sistema para absorver perturbação e reorganização enquanto passa por uma mudança de modo a reter a mesma função, estrutura e identidade.

Em novembro de 2012 a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou Como Construir Cidades Mais Resilientes: Um Guia para Gestores Públicos Locais (www.onu.org.br) que tem por subtítulo Construindo Cidades Resilientes – Minha Cidade está se preparando! Nada mais adequado para se ter lido neste período. Sobretudo se considerarmos a observação de Joey Salceda, Governador da Província de Albay, Filipinas de que “A Redução de Riscos de Desastres é um investimento, não um custo. Ela aumenta os retornos dos negócios”.

O período que antecedeu a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foi a oportunidade de requalificar os edificios para assistencia à saúde que o Rio de Janeiro não apresentou como prioridade neste intervalo de tempo, desde 2007. Não apresentou como prioridade e não utilizou os recursos necessários para deixar um legado de inovação de conceito, espaço construído e renovação de edificcações hospitalares que se pudesse apresentar como referência deste período.

Ficarão as Clinicas de Familia, os postos para atender às necessidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) e outras ações de saúde básica, importantes, mas menores no conjunto de serviços necessários. Ficamos por aí! O sistema de urgência e emergência foi diminuído ou reduzido às questionadas UPA’s (Unidade de Pronto Atendimento) que estão sendo progressivamente fechadas e aos puxadinhos dos CER’s (Coordenação de Emergência Regional) que não têm a resolubilidade compatível com a demanda da população.

Restará muito pouco como legado para a assistência à saúde de uma cidade de 6,5 milhões de pessoas e com mais 6 milhões no seu entorno da Região Metropolitana (estimativa do IBGE, 2016).

Restará também construir conhecimento e sensibilização, conceito previsto dentre as cinco prioridades de ações da ONU no projeto Construindo a resiliência das nações e comunidades frente aos desastres: utilizar conhecimento, inovação e educação para construir uma cultura de segurança e resiliência em todos os níveis.

*Foto: companhiadeviagem.blogosfera.uol.com.br

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